terça-feira, 13 de março de 2018

A IGREJA DO SÉCULO XXI E OS DESAFIOS DA OBRA MISSIONÁRIA - Por Sandro Gomes de Oliveira



       Em certa ocasião sugeri um tema para um debate na Rádio Melodia, e por conseguinte, fui convidado para discorrer acerca  do mesmo. Eis o tema: Por que a igreja do século XX não cumpriu integralmente sua missão diante dos povos não alcançados? No artigo em apreço, pretendemos focalizar alguns  desafios que ainda a igreja hodierna tem pela frente.
       O missionário e antropólogo Ronaldo Lidório descreve o panorama desafiador que a igreja de nossa era tem que enfrentar:
       Há, perante nós, um desafio étnico. Há, no munto atual, 2.227 grupos étnicos distintos, sem qualquer presença missionária ou conhecimento do evangelho. Pressupondo que já entramos nas áreas mais abertas política, linguística, geográfica e culturalmente, podemos entender que estes 2.227 PNAs (Povos Não Alcançados) não são mais 2.000 grupos sem o evangelho, mas sim,  justamente, os mais resistentes em toda a história do Cristianismo. Convivemos hoje com 6.528 línguas vivas. 336 possuem a Bíblia completa; 928, o Novo Testamento completo; e 918, grandes porções bíblicas.  Ou seja, a Palavra está expressivamente presente em 2.212 línguas. Deixa-nos, porém, com mais de 4.000 línguas minoritárias e faladas por apenas 6/% da população mundial, sem nada da Palavra de Deus.
       Há, sem dúvida, um desafio missiológico. Fomos “bombardeados” desde a década de oitenta por uma missiologia que priorizava alcançar os não alcançados. Nesse afã, começamos a concentrar-nos como igreja e Agências Missionárias na lista dos PNAs. E hoje, desde que Ralph Winter, primeiramente, listou 13.000 povos não alcançados nos anos oitentas, este número baixou para 2.227, e há quem pense que seja ainda menor.
       Dentre os grupos menos evangelizados em todo o Brasil, encontram-se  os Indígenas, Ciganos e Quilombolas. Há ainda mais de 100 etnias indígenas sem conhecimento do evangelho, sendo 30 delas no nordeste do nosso país. Dentre os 1,2 milhão de ciganos da etnia Calon, cerca de 700 mil não foram apresentados o evangelho vivo.  Das 3.500 comunidades quilombolas em solo brasileiro, cerca de 2.000 não possuem uma igreja evangélica entre eles.
       São desafios dispersos em todo o território nacional, diversas regiões  remotas e barreiras culturais , linguísticas e sociopolíticas. É necessário unirmos as forças.
       Eis o grande desafio da igreja brasileira: evangelizar  estes PNAs (Povos  não alcançados) em seu território  e nos demais países. Sandra Paula, missionária há mais de 20 anos em um país da Janela 10X40 , escreve uma triste realidade: “Somos no mundo inteiro 90.000 missionários e 2.2 milhões de igrejas protestantes, pela graça fazemos parte dos 7% que dedicam em pregar o evangelho entre os não alcançados das quase 240 nações do planeta terra.” Já, o Brasil, possui 42 milhões de crentes e só 0,01 de missionários.
       O saudoso fundador da Missão Kairoz, pastor Valdemar de Carvalho, confirma o perfil da igreja do século XX, em um artigo publicado no Jornal Mensageiro da Paz, em maio de 1993:
         
          Na realidade não tivemos a capacidade de preservar os territórios conquistados pelos discípulos do primeiro e segundo séculos.
            A igreja evangélica brasileira é a segunda maior do mundo, só perdendo para a igreja americana. A igreja americana já expediu mais de trinta mil missionários para muitas partes do mundo. E nós, será que temos dois mil missionários transculturais? Se tivermos, quantos estão produzindo?
           O Brasil possui  a maior igreja pentecostal do mundo. Mas, o que estamos fazendo em favor dos bilhões sem Cristo? Será que estamos ‘deitados em berços explêndidos’, como diz o Hino Nacional brasileiro – enquanto as nações perecem sem salvação? O que fazer fazer diante dessa tarefa  gigantesca? Saiamos todos juntos neste impulso final da evangelização.
           Precisamos analisar nossa teologia bíblica missionária. Voltar ao Livro de Atos, rever a igreja do primeiro século. Assumir responsabilidade pessoal e não denominacional. Atos 2.42-47 diz que o coração da igreja era um e Deus acrescentava em números.
       O evangelho é eterno, mas não temos a eternidade para pregá-lo. Nós só temos o tempo que vivemos para alcançarmos aquele que vivem enquanto vivemos! – Reinhard Bonnke
      
         

A restauração de Pedro em 3 dimensões

terça-feira, 18 de abril de 2017

Chocolate doce ou ervas amargas

CHOCOLATE DOCE OU ERVAS AMARGAS?
A primeira Páscoa foi instituída com um cordeiro sem defeito sendo morto e seu sangue sendo passado nos batentes das portas. O povo deveria comer sua carne assada com ervas amargas. Esse ritual apontava para Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus passou pelo fogo do juízo divino quando se fez pecado por nós e morreu na cruz pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. A Páscoa não tem a ver com o coelho, mas com o Cordeiro de Deus. Não tem a ver com o chocolate doce, mas com as ervas amargas. Não tem a ver com o ovo recheado de bombons, mas com a cruz. Não tem a ver com o comércio consumista, mas com o túmulo vazio. Voltemos à Páscoa cristã!
Hernandes Dias Lopes

segunda-feira, 20 de março de 2017

Pele de Rinoceronte

O pastor João Kolenda Lemos, nosso saudoso professor e diretor do Instituto Bíblico das Assembleias de Deus - IBAD, sempre dizia nas aulas que deveríamos ter "pele de rinoceronte". Assim como o animal sequer sentia o impacto das pedradas tal a resistência de sua pele, de igual modo deveríamos reagir às pedradas que nos lançam. Não produz bem algum perder tempo com elas. É deixá-las pelo caminho e seguir em frente. Há coisas saudáveis e edificantes que nos esperam ao longo da caminhada. "Mimimi" é coisa de quem não tem o que fazer. - Geremias do Couto